A Escola EB1/JI Alice Vieira situa-se na periferia da Lisboa, numa das onze freguesias do Concelho da Amadora, com cerca de 16 807 habitantes, ocupando a área de 165,6 ha. Situa-se a Sul do concelho, tendo a sul e a Leste Lisboa, a Oeste a freguesia de Alfragide e a Norte a Damaia.
A freguesia da Buraca é constituída por três zonas distintas:
- A BURACA, propriamente dita, é constituída por uma zona residencial antiga, com prédios de dois ou três andares e uma zona envolvente, com prédios recentes de mais de quatro andares.
É no centro desta zona, que se encontra o Mercado, o Centro de Saúde, a Igreja, o Jardim Central com parque infantil, a Escola nº1, a Junta de Freguesia com um salão polivalente, os C.T.T. e o Centro Sócio - Desportivo da Buraca, com ginásio, piscina e Centro de Dia.
Este local está bem servido de transportes públicos: ferroviários e rodoviários.
- O BAIRRO da COVA da MOURA, de construção clandestina, é formada, na sua maioria, por casa de um ou dois andares, usadas tanto para habitação própria, como para arrendar. Não houve qualquer planeamento e, portanto, só uma parte, deste aglomerado, possui saneamento básico, não havendo arruamentos tornou-se, por isso, um verdadeiro labirinto.
É neste bairro que encontramos a Escola nº2 da Buraca, a Associação do Moinho da Juventude ( com A.T.L., sala de convívio, actividades extra-curriculares...), que surgiu em 1984, para tentar ultrapassar as necessidades da população.
- O BAIRRO do ZAMBUJAL é constituído por prédios de habitação social e encontra-se muito degradado, sendo visível, em alguns, a acção do vandalismo. É junto a este bairro que se situa o Agrupamento Vertical de Escolas Almeida Garrett.
A população, desta freguesia, é bastante heterogénea, tanto a nível social, como cultural e económico, relacionada, em parte, com as três zonas distintas aqui existentes.
Na BURACA, propriamente dita, a população é essencialmente oriunda das diversas regiões de Portugal. Na zona antiga, com uma razoável percentagem de população envelhecida, predominam os aposentados e domésticas, inseridos num nível sócio-económico médio/baixo.
Na zona envolvente, considerada um “dormitório”, a população activa, quase toda, realiza, diariamente, migrações pendulares para a “grande cidade”, utilizando transportes públicos ferroviários e rodoviários, ou as suas viaturas, para as diversificadas profissões, estando esta inserida num nível sócio-económico médio.
O bairro COVA da MOURA é habitado, na sua maioria, por oriundos das ex-colónias, com predominância cabo-verdiana.
A população mais antiga fixou-se no bairro por volta de 1963/64 e daí até 1977 fixaram-se quase todos os outros habitantes. A partir de 1974 começou a haver aumento vertiginoso da população, motivado por imigrantes ou desalojados de outras zonas de Lisboa. Esse aumento deu origem a uma explosão demográfica e todos os problemas a ela inerentes.
Surgiu a proliferação da droga e todos os problemas afins.
A principal ocupação masculina é a construção civil: serventes e pedreiros. A população feminina ocupa-se, essencialmente, de serviços de limpeza, venda de peixe e fruta.
Inserem-se num nível sócio - económico baixo, havendo famílias com carências de alimentação e de habitação.
O seu grau de instrução é o semi- analfabetismo para uns e analfabetismo puro para outros.
No Bairro do ZAMBUJAL predomina uma população lusa inicial, havendo agora também oriundos das ex - colónias e ciganos.
Enquanto os homens trabalham no sector terciário, ou se encontram no desemprego, as mulheres ocupam-se, principalmente, de serviços de limpeza ou são domésticas. Também neste bairro existe o grave problema da droga, do alcoolismo e prostituição.